Voltar para homepage
Quem Somos Unidades Serviços Calendário Como Ajudar Notícias Inscrição Online Contato Loja Virtual

Prevenção é a melhor solução

A sociedade brasileira nos últimos anos assistiu a um crescimento geométrico da violência, não somente nas grandes metrópoles, como mostram os indicadores de criminalidade nos municípios menores e no meio rural.
A Igreja no Brasil, sempre atenta aos problemas sociais e de saúde pública, em diversas Campanhas da Fraternidade, tem chamado nossa atenção para o debate de tais problemas e contribuído com propostas concretas de solução. O histórico das CFs nos revela temas relacionados à Família (1994, com o lema “A Família, como vai”), aos jovens (1992, com o lema “Juventude Caminho Aberto”), aos menores (1987, com o lema “Quem acolhe o menor, a mim acolhe”), enfim, aos excluídos em geral: idosos, deficientes, índios, encarcerados, sem trabalho, sem terra, etc.
Em 2001, com o lema “Vida sim, drogas não!”, a Campanha da Fraternidade tinha o objetivo geral de mobilizar a comunidade eclesial e a sociedade brasileira para enfrentar corajosamente o grave e complexo problema das drogas, que até hoje arruína milhares de vidas e afeta profundamente a paz social. O texto oficial de apresentação traz a seguinte justificativa: “A escolha do tema relacionado com drogas parte da realidade de um sistema de morte, alimentado por um estilo de vida materialista, que vem se alastrando como furacão, a partir do ser cultivo, comercialização e consumo, que ceifa milhares de vidas e afeta profundamente famílias e amplos setores sociais. Junto com as trágicas consequências do uso de drogas, crescem a violência social, a prostituição, os roubos, os assaltos e sequestros, a corrupção política, a corrosão da dimensão ética do trabalho e a guerra entre traficantes, que mantém exércitos bem armados e bairros dominados. As políticas públicas do Brasil e de muitos outros países têm concentrado suas energias na repressão às substâncias ilícitas e a seus usuários, mas pouco tem feito no campo da prevenção ao seu uso e da educação para a saúde e quase nada para eliminar as verdadeiras causas da disseminação das drogas”.
Parece que ninguém deu ouvido. Passaram-se doze anos e o cenário não mudou. Ações governamentais, se foram implementadas, não foram eficientes ou suficientes. O número de comunidades terapêuticas para recuperação da dependência química até cresceu. Mas não constatamos ações eficazes de prevenção lançadas pela sociedade e muito menos pelo poder público. A ênfase na mídia e no meio político é na recuperação e repressão. Menos ainda se fala em programas de educação para a saúde ou projetos para prevenção.
Poucas entidades, a exemplo do Caná, disponibilizam o trabalho de prevenção. Os nossos encontros de casais, de jovens, de adolescentes, de senhoras e do GRAFA são ações de prevenção, pois preconizam o resgate dos valores da família. O amor, o diálogo conjugal, o diálogo entre pais e filhos, a espiritualidade na família e a participação na comunidade, inegavelmente, reduzem os espaços para a entrada das drogas na vida familiar. Também nesta área, o que se constata é que as pessoas resistem em se valer desse recurso de prevenção primária e assim se preparar para enfrentar o dramático mundo das drogas; infelizmente a realidade nos últimos anos tem sido o esvaziamento e até cancelamento de encontros por falta de candidatos.

                                                                                                                                                          José Afonso Pinto de Assis

 
  José Afonso Pinto de Assis
Presidente da Associação Família de Caná

Artigo publicado em 01/03/2013


Voltar para página anterior
Associação Família de Caná
R. Henrique Gorceix, 80 | Padre Eustáquio | Belo Horizonte/MG | 30720-416
Telefone: (31) 3462-9221 | E-mail: contato@familiadecana.org.br | Whatsapp: 31 99115-1234