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A família diante das drogas - Não há problema sem solução

"Me chamo D. F. P. e sou irmã de Francisco, de 32 anos. Meu irmão infelizmente entrou no mundo das drogas e do álcool há mais de 10 anos e hoje ele está vendo sua vida ir para o fundo do poço. A esposa o abandonou e ele tem dois filhos Lúcio, de 3 anos , e Paulo Henrique, de 7 anos. Neste último sábado, dia 10/09/11, ele me pediu ajuda. Disse que não aguenta mais, que está até pensando em se matar para se livrar deste problema. Eu como irmã fiquei arrasada, pois ele é muito trabalhador e merece uma oportunidade de se livrar deste vício. Tenho medo de que ele cometa uma loucura e quero muito ajudá-lo a sair desse mundo escuro. Por favor me ajude." (do site da Família de Caná)

Buscar ajuda

Instalada a situação, há que buscar solução.

Deve ficar claro que é praticamente impossível a família sozinha resolver o problema. Por isso a norma básica é BUSCAR AJUDA ESPECIALIZADA. Um psicólogo com experiência na área, um grupo de apoio, uma instituição especializada, de preferência uma comunidade terapêutica.

A Família de Caná recebe, semanalmente, nas noites de terça, quarta e quinta-feira, cerca de trezentas pessoas, familiares e dependentes, em busca de internação nas suas comunidades terapêuticas. Em reuniões de grupo de ajuda mútua, eles buscam informação, se fortalecem com a troca de experiências, aprendem a identificar as próprias falhas e corrigir os erros no trato com os membros da família que estão usando drogas. Na nossa experiência, é comum ver mães e pais freqüentarem as reuniões durante longo tempo, até anos, antes de conseguirem que o familiar de disponha ao tratamento.

Esses grupos de ajuda mútua dão um suporte eficiente, indispensável na batalha pela libertação da escravidão das drogas. São conhecidos e reconhecidos internacionalmente os resultados obtidos pelo AA, Alanon, Amorexigente e grupos análogos. Na prática das comunidades terapêuticas, é recomendado que o dependente, após o período de internação, frequente grupos de seguimento pelo período mínimo de um ano.

Mudar-se para mudar

É sabido que "ninguém muda ninguém". SE VOCÊ NÃO MUDA, NADA MUDA. Cada pessoa só pode mudar a si mesma. Mas, na medida em que se muda, consegue modificar tudo ao seu redor. É necessário a família reformular o seu estilo de vida, substituir os comportamentos que provocaram a situação de dependência, atitudes que os membros da família em franco debate irão identificar. Após o tratamento, se o dependente retornar ao ambiente doméstico ainda desestruturado, conflituoso, certamente irá voltar ao uso de drogas.

A filosofia do Amor-Exigente, que é a mola mestra do trabalho de recuperação do dependente químico nas comunidades terapêuticas, ressalta algumas normas educacionais básicas: IMPOR LIMITES, ESTABELECER HORÁRIOS, CONTROLAR O DINHEIRO, DELEGAR TAREFAS como maneira de participação na vida em comunidade.

Negar ajuda pode ser a melhor ajuda

A firmeza de atitudes é essencial no relacionamento com o dependente químico, que perdeu as referências e que teve o seu caráter e a sua força de vontade destruídos pelo uso prolongado das drogas. É preciso RESPONSABILIZAR: deixar que ele assuma e sofra as consequências dos seus atos, por mais penosas e drásticas que elas sejam. Pagar as dívidas do dependente, comprar a conivência de delegados, policiais e magistrados para livrá-lo da cadeia, tolerar a violência, as agressões e os furtos, são maneiras de fixar a dependência e de atolar mais ainda seu familiar no "inferno das drogas". Nessas circunstâncias, NEGAR AJUDA PODE SER A MELHOR AJUDA.

No trabalho de escuta que, juntamente com minha esposa, desenvolvemos em um grupo de apoio da Família de Caná, a mãe, empresária próspera, que pagava as dívidas do filho, questionada por nós justificou: "Se eu não pagar ele corre o risco de ser morto pelos traficantes!" Ao que eu argumentei: "Nas mãos dos traficantes ele corre risco de morrer; a senhora está matando o seu filho com toda a certeza alimentando o uso da droga".

Quem desejar conhecer o trabalho da Família de Caná, ou precisar da sua ajuda, acesse o site www.familiadecana.com.br ou telefone para 31 3462-9221. Leiam o livro do Pe. Osvaldo Gonçalves "Eu me envolvi com os drogados", emocionante relato de seu trabalho na FAZENDA RECANTO DE CANÁ.

 
  José Wagner Leão
Assessor de Comunicação da Família de Caná

Artigo publicado em 26/01/2013


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