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Por que você não deve gritar com o seu filho


Na teoria, o autocontrole dos pais é indispensável para a criação bem sucedida dos filhos. Na prática, não é tão simples assim. Muitas vezes, quando caem em si, esses mesmos adultos que almejam uma postura firme e comedida surpreendem-se aos berros com as crianças. O arrependimento, quase sempre, é imediato.
Essa postura não é tão incomum assim. Muitas mães confessam que só conseguem “capturar” a atenção da criança com o tom de voz elevado, como se assim elas realmente pudessem ouvir os pais. Para os especialistas, o erro começa justamente nessa crença: a de que é preciso gritar para ser ouvido.
“Na realidade, não tem necessidade de você gritar. A criança tem o ouvido normal e consegue te atender com o tom normal de voz. Quanto mais você gritar, mais ela vai se alterar. A criança fica abalada emocionalmente”, explica Esther Cristina Pereira, psicopedagoga e diretora da Escola Atuação, de Curitiba.

Gritaria
É verdade que as crianças costumam parar tudo o que estão fazendo quando os pais começam a gritar. Mas isso acontece porque elas paralisam, temendo uma reação ainda mais agressiva dos adultos, e não porque realmente compreenderam o contexto da situação. Por isso, o tom de voz elevado não traz resultados positivos e construtivos, muito pelo contrário.
Se esse comportamento é incentivado em casa, a criança aprende que é por meio da gritaria que as pessoas alcançam os objetivos. Ela passa a reproduzir a postura em outros meios de convívio social, como na escola, com amigos e professores.
“A família é a primeira experiência de socialização das crianças. Quando você grita, ensina que o desrespeito, a falta de controle e o autoritarismo são atitudes corretas”, comenta Cristina Lorga, psicóloga infantil do Instituto de Terapia Sistêmica.
Esse exemplo equivocado pode, inclusive, comprometer o convívio social fazendo com que outras crianças evitem o contato com a que tenta se impor de forma autoritária perante os amigos, seja na escola ou em outros ambientes de socialização.
Para Esther Pereira, o caminho é sempre manter a calma, por mais que seja algo trabalhoso e difícil para os adultos. “Os pais precisam direcionar o olhar para a criança e se abaixar ao nível dela para que os olhares se encontrem. A criança é extremamente perspicaz e é capaz de entender a mensagem dos pais”, defende a psicopedagoga.

Contar até dez
Chris Cysneiros faz parte do grupo de mães que, em um determinado momento da vida, perdeu o controle sobre o próprio tom de voz com a filha. Luiza, de três anos, se mostrou assustada com os primeiros gritos da mãe e não conseguiu entender o motivo do descontrole. Como outras crianças, ela parava tudo o que estava fazendo por conta do medo da reação da mãe, e não pela bronca que estava tomando.
O arrependimento de Chris veio no mesmo instante. “Depois de tudo, quando eu já tinha gritado, me sentia péssima, porque sabia que dava para ir por outro caminho. Sabia que eu poderia ter contado até mil, falando normalmente e explicando o que estava errado, o por quê e a forma correta de se comportar. Me sentia a pior mãe do mundo”, lembra ela.

Agressão emocional
A situação pode se tornar mais confusa ainda para a criança justamente quando os pais se arrependem da gritaria. Em poucos segundos, eles podem transitar pelos extremos da fúria e da tristeza, causada pela culpa. O grande problema é que as crianças conseguem distinguir esses sentimentos nos pais.


                                                                                                            Por Giovanna Tavares - iG São Paulo

 
  Giovanna Tavares
Repórter no iG - Publicidade e Conteúdo LTDA São Paulo e Região, Formação acadêmica Universidade Metodista de São Paulo

Artigo publicado em 16/03/2015


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