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Como envolver as crianças nas tarefas domésticas


Por Giovanna Tavares - iG São Paulo

Arrumar os próprios brinquedos ou o guarda-roupa são atividades que podem ser delegadas aos filhos, mas a imposição agressiva das tarefas deve ser evitada

Organização não é algo exclusivo dos adultos. Desde os primeiros anos de vida, os pequenos podem ficar responsáveis por algumas atividades domésticas simples, como arrumar os próprios brinquedos ou a cama. Claro, a arrumação da casa, em geral, é uma obrigação dos pais. Mesmo assim, eles podem contar com a ajuda dos filhos, de forma que essas atividades sejam encaradas como algo divertido e estimulante.
“A partir dos 5 anos, as crianças já têm uma consciência maior para entender a importância da organização. A dica é convidá-las para arrumar os brinquedos ou outras coisas juntos, mostrando a importância da participação delas. Mesmo que não fique exatamente do jeito que os adultos gostariam”, explica Regiane Deppe, consultora de organização da Organare.
Essa, aliás, é uma preocupação que deve ser deixada de lado. As crianças pequenas não têm estrutura física ou emocional para deixar a casa organizada por conta própria. Elas precisam de supervisão em tempo integral, bem como o reconhecimento por cada tarefa executada. Mesmo que o lençol da cama fique um pouco desajustado, vale elogiar a iniciativa dos pequenos. Assim, eles se sentem orgulhosos das próprias façanhas.
Pequenas atitudes já conseguem demonstrar a importância de manter o ambiente mais organizado. Segundo Regiane, uma vassourinha de brinquedo, por exemplo, é uma alternativa que ensina à criança sobre a possibilidade de remover o pó dos cômodos da casa, com um ar de brincadeira e descompromisso.
A maior preocupação deve ser respeitar a faixa etária da criança e não atribuir funções que estão além da sua capacidade. Até os 10 anos, elas apenam “brincam” de arrumar as coisas, sem efetivamente se envolver com a organização da casa. Produtos de limpeza devem ficar longe do alcance dos pequenos, para evitar qualquer caso de intoxicação. Na hora de lavar a louça, por exemplo, a saída é deixar que a criança lave os utensílios de plástico, que não oferecem risco e não quebram em caso de queda.

Livre de imposições
O melhor estímulo é transformar as tarefas domésticas em uma experiência compartilhada e prazerosa, para que a criança não sinta que está perdendo tempo, muito pelo contrário.
“O jeito é transformar em algo lúdico, como uma brincadeira mesmo. No final, a criança precisa se sentir recompensada de alguma maneira, mas sem ser de um jeito material, senão ela não aprende o que é ser organizada”, sugere Débora Monique, consultora de organização da OrganizUP, lembrando que o elogio também é uma forma de mostrar que a atitude foi apreciada por outras pessoas.
Outra dica é estabelecer uma rotina de organização, para que a criança encare as tarefas como algo natural do dia a dia. Arrumar os próprios brinquedos deve ser visto como parte do ato de brincar, e não uma situação excepcional. Apesar de o estímulo contínuo ser necessário, é preciso ter em mente que nem tudo vai ocorrer como manda a teoria. É normal que, em alguns dias, os filhos não sintam vontade de ajudar em alguma tarefa ou arrumar o próprio quarto.
Brigar, gritar ou tentar fazer qualquer tipo de imposição pode ter um efeito negativo nos pequenos. “Isso grava uma emoção negativa na criança. É importante que exista a emoção positiva, no lugar. Tem um retorno melhor, porque a criança realmente se sente incentivada, e não simplesmente obrigada e ameaçada. Assim, ela cria autonomia para fazer as coisas por conta própria”, ressalta Regiane.
Em dias assim, não tem problema liberar os pequenos das tarefas domésticas. Só vale prestar atenção caso a situação se repita e a criança perca o hábito de organizar as próprias coisas, perdendo o estímulo inicial dos pais. É importante respeitar o momento delas, sem deixar o incentivo positivo de lado.

 

 
  Giovanna Tavares
Repórter no iG - Publicidade e Conteúdo LTDA São Paulo e Região, Formação acadêmica Universidade Metodista de São Paulo

Artigo publicado em 20/04/2015


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